quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Novo 'Tomb Raider' faz de Lara Croft a maior mulher nos games; G1 jogou

Da última vez que a vimos, Lara Croft sofreu. E sofreu muito. Depois de naufragar numa ilha cheia de fenômenos sobrenaturais, ela despencou de alturas inacreditáveis, se machucou em armadilhas de espinhos e viu seus amigos morrerem. Mas você acha que isso foi suficiente para impedir a srta. Croft? Pois Lara caiu. Mas voltou mais forte.E se na década de 1990 a heroína era menos uma representante feminina nos jogos e (muito) mais um retrato sexualizado, a história tomou um rumo totalmente diferente nos últimos anos. A nova Lara Croft esbanja coragem, inteligência e independência e, em "Rise of the Tomb Raider", se confirma como a personagem mulher mais relevante dos videogames atualmente.Determinada a decifrar a obsessão que tirou a vida de seu pai, ela vai agora até a Sibéria atrás do segredo da imortalidade. Esse é o pretexto de "Rise of the Tomb Raider", uma aventura maior e melhor que a anterior em muitos aspectos.
'Rise of the Tomb Raider' confirma Lara Croft como personagem mulher mais importante dos videogames (Foto: Divulgação/Microsoft)'Rise of the Tomb Raider' confirma Lara Croft como personagem mulher mais importante dos videogames (Foto: Divulgação/Microsoft)
Ruína e ascensão
O caminho não foi fácil, porém. A série "Tomb Raider" precisou chegar ao fundo da tumba para a produtora Crystal Dynamics entender que quanto maior o decote de Lara, menos sentido ela fazia.
Esse processo de humanização começou no "reboot" de 2013, em que a arqueóloga passou por poucas e boas para fugir da ilha de Yamatai. Mas se naquela época tudo acontecia por acaso, e Lara precisava se virar nos 30 para sobreviver, em "Rise of the Tomb Raider" a arqueóloga põe a vida em risco de caso pensado. Ela é senhora do seu destino.
É nítido o esforço da Crystal Dynamics de empoderar (para usar um termo bem atual) Lara Croft desde o início e retratá-la como essa mulher confiante e madura que, apesar de ainda perturbada pelos eventos em Yamatai, está obstinada a ir até o fim do mundo para alcançar seus objetivos.
Maior quantidade de tumbas secretas é um dos destaques de 'Rise of the Tomb Raider' (Foto: Divulgação/Microsoft)Maior quantidade de tumbas secretas é um dos destaques de 'Rise of the Tomb Raider' (Foto: Divulgação/Microsoft)
Logo no começo do jogo, por exemplo, Lara chega com Jacob, o personagem com quem ela mais interage, a uma área cheia de soldados. Sem nem dar tempo de supor que o homem assumiria a bronca, como acontece na grande maioria dos games, Lara vai pro pau e dá cabo de todos os inimigos.
Mais para frente, o mesmo Jacob pede ajuda e tenta persuadir nossa heroína a desistir de sua missão. Lara, como a pessoa segura que é, oferece seus esforços, mas nunca pondo em cheque suas motivações.
São detalhes como esses, salpicados ao longo da jornada de Lara Croft pela Síria e Sibéria, que, quando somados, e vistos sob a perspectiva atualíssima das discussões de igualdade de sexo e representativade, fazem toda a diferença. A Crystal Dynamics faz questão de desafiar estereótipos e se sai muito bem.
Lara agora é uma pessoa de verdade, ainda mais porque tudo isso é contado com uma naturalidade invejável, sem aquele tom que o povo do contra costuma chamar de "forçado". Ela é essa pessoa poderosa, que cria identificação, simplesmente porque é. E isso é ótimo.
Ambientes de 'Rise of the Tomb Raider' são bem maiores que os do game anterior (Foto: Divulgação/Microsoft)Ambientes de 'Rise of the Tomb Raider' são bem maiores que os do game anterior (Foto: Divulgação/Microsoft)
O que muda no novo game?
"Rise of the Tomb Raider" não reinventa a fórmula, nem traz o frescor do jogo anterior. Mas isso não é nem de longe um problema. Com áreas maiores e novas atividades paralelas, o game traz ainda mais daqueles momentos gostosos de descoberta do outro "Tomb Raider".
Isso porque você não é forçado a acompanhar cegamente a história principal. Entre um trecho e outro obrigatórios, e lineares, é possível parar e explorar esses grandes mapas livremente em busca de algo para se fazer.
As atividades vão desde desafios (acerte oito alvos, por exemplo) até as novas missões, que nada mais são do que uma forma de revisitar áreas, enfrentar inimigos e ganhar experiência, armas e roupas.
Lara Croft tem novas habilidades em 'Rise of the Tomb Raider'. Ela pode, por exemplo, subir em árvores e ficar de tocaia para os inimigos (Foto: Divulgação/Microsoft)Lara Croft tem novas habilidades em 'Rise of the Tomb Raider'. Ela pode, por exemplo, escalar árvores e ficar de tocaia para os inimigos (Foto: Divulgação/Microsoft)
Mas o principal e mais divertido objetivo secundário continua sendo as tumbas, que retornam em maior quantidade e com designs ainda mais charmosos. Explorar cada uma das nove áreas do tipo espalhadas pelos mapas de "Rise of the Tomb Raider" é garantia de deslumbre visual e muitas capturas de tela – pelo menos no caso do Xbox One (desculpa, Xbox 360).
Pelo fato de elas serem bem criativas e engenhosas, porém, ainda fica uma sensação de que as tumbas poderiam ter um papel mais central e nobre em "Rise". Alguns dos melhores momentos do game, e não só das atividades secundárias, estão ali. Mas como elas não são obrigatórias, muitos não saberão do que se trata.
No fundo, o mais importante é que a quantidade de tarefas de "Rise of the Tomb Raider" não sufoca o jogador, como alguns mundos abertos da Ubisoft mais notavelmente fazem. Aqueles mapas que você abre e vê tantas, mas tantas atividades, e muitas delas irrelevantes, que é soterrado e desestimulado a sequer começá-las.
Maior quantidade de tumbas secretas é um dos destaques de 'Rise of the Tomb Raider' (Foto: Divulgação/Microsoft)Lara dá um pulinho na Síria antes de encarar a tundra da Sibéria (Foto: Divulgação/Microsoft
Ela cresceu
"Rise of the Tomb Raider" colhe os frutos da mudança de filosofia implementada pela Crystal Dynamics em 2013. O novo game pega tudo que deu certo e melhora, sem deixar que uma ou outra novidade desvie a aventura do seu curso.
Lara Croft agora pode escalar árvores e ficar de tocaia para os inimigos? Sim. O sistema de criação de itens foi expandido, com novos materiais? Sim também. Mas isso, no fim das contas, é secundário na experiência de "Rise".
O que importa mesmo é que temos uma personagem forte, complexa e "badass" capaz de comer o pão que o diabo amassou para alcançar seus objetivos. E tudo isso enquanto ela cruza cenários grandes, interessantes e divertidos. Lara Croft está de volta à posição de influência que já teve, desta vez pelos motivos certos.
Fãs de PlayStation 4, aguentem firme. "Rise of the Tomb Raider" é exclusivo do Xbox One e Xbox 360 até o final de 2016. Mas a espera vai valer a pena.Lara Croft vai até a Sibéria desvendar o segredo que tirou a vida do seu pai em 'Rise of the Tomb Raider' (Foto: Divulgação/Microsoft)

PlayStation 4 roda games do PS2 e Sony planeja expandir função

PlayStation 2 original ao lado da sua versão 'slim' (Foto: Evan-Amos/Wikimedia Commons)
O PlayStation 4 é capaz de rodar games do PS2 por emulação e a Sony está trabalhando para expandir essa função no seu console de última geração. A própria Sony confirmou a existência da tecnologia, que também é usada para levar jogos do Xbox 360 ao Xbox One, a sites e revistas internacionais.A função foi descoberta recentemente por jogadores que compraram a edição de luxo de"Star Wars Battlefront", que é acompanhada por jogos antigos da série, como "Star Wars: Racer Revenge" e "Star Wars: Jedi Starfighter".
Eles perceberam que os títulos não eram convertidos para o PS4, mas sim emulados pelo console. Em um tópico no fórum Reddit, usuários dizem, por exemplo, que o controle do PS2 aparece nos menus desses jogos e que a resolução deles é nativa, ou seja, sem alta definição.Posteriormente, a Sony confirmou a informação em comunicado enviado ao site Polygon e à revista especializada "Wired". "Estamos trabalhando com a tecnologia de emulação para trazer games do PS2 para a geração atual de consoles".A empresa, porém, não informou quais jogos do PS2 serão relançados para o PS4 por meio de emulação, nem quando isso será integrado de vez ao acervo do console.Atualmente, os donos de PS4 podem rodar games do PS3 via serviço de assinatura PlayStation Now. No momento, ele não está oficialmente disponível no Brasil.Vale dizer que a retrocompatibilidade entre Xbox 360 e Xbox One era a função mais pedida pelos fãs do videogame da Microsoft.

É seguro usar apenas o antivírus padrão do Windows 10? Olá, Ronaldo! Eu possuo um PC antigo, e por esse motivo tenho tomado inúmeras prec...